poliTICs 9

Esta edição da poliTICs traz visões plurais e provocativas sobre redes sociais e seu papel nas revoltas populares da Tunísia e do Egito, nos artigos de André Lemos e Becky Hodge. Guilherme Varella e Marcos Dantas nos oferecem, em seus respectivos textos, uma outra perspectiva da resistência cada vez mais urgente nas sociedades contemporâneas: o enfrentamento aos interesses hegemônicos da indústria do entretenimento. Edição de abril . Ano 2011

Resistência ou rendição - na roda-viva de arrocho do direito autoral, quem quer ter acesso à cultura resiste. Ou se rende

Leia na edição de abril de 2011. Pensemos sobre o cenário para aqueles que desejam ter acesso à cultura no Brasil. Mais ainda, para aqueles que incorporaram o significado da famigerada cultura digital, entre aspas, para a efetivação desse direito. Nesse cenário, devemos refletir sobre o papel do Estado na sua função prestacional, que a Constituição determina - e para o qual agora o Plano Nacional de Cultura (PNC) mostra o caminho das pedras - para garantir, de forma ativa, esse acesso. Para tanto, é essencial analisarmos o que ocorre na atual conjuntura política brasileira, especificamente no Bloco B da Esplanada dos Ministérios, cujas ações batem e voltam em toda a terra brasilis.

Things (and People) Are The Tools Of Revolution!

Vejam esse interessante mapa mostrando a penetração de telefones celulares, internet e Facebook nos países do Norte da África e Oriente Médio. Há debate sobre se essas novas ferramentas produziram ou não a revolução, o que alguns estão chamando de “Revolução 2.0”. A questão que tem sido colocada, a saber se as redes sociais e celulares são apenas ferramentas, instrumentos, meios ou atores, aponta para uma má compreensão do papel dos objetos na vida social. É comum afirmações de que objetos são “apenas” ferramentas. É essa a sua essência, seu modo de existência.

A nuvem de liberdade

É uma manhã de terça-feira, fevereiro de 2011. De uma Cairo eufórica, um correspondente do programa de notícias que é o carro-chefe da rádio BBC - o Today - transmite a reportagem sobre a deposição de Hosni Mubarak. Em seguida, Anouar Swed, um jovem líbio que vive em Londres, fala com o outro apresentador, James Naughtie. A BBC e outros jornalistas ocidentais ainda não podem entrar na Líbia cruzando a fronteira a partir dos recém-libertados Egito e Tunísia. Mas Anouar está em contato com seus amigos e famíliares no interior do país, principalmente através de mensagens SMS, e com base em seus relatos, diz que as pessoas na capital Trípoli estão sendo baleadas “por todos os lados”.

Movimentos sociais latino-americanos: “territórios em resistência”

Este trabalho tem por objeto analisar as dinâmicas de luta e resistência dos movimentos sociais latino-americanos emergentes na região a partir da década de 90. A nossa proposta encaminha-se no sentido de refletir acerca das modalidades de luta, organização (social e produtiva) e de comunicação implementadas por estes coletivos que implicaram no surgimento de novas identidades, subjetividades e de uma nova cultura política, conceito que deve ser entendido como um conjunto de práticas que envolvem ao mesmo tempo dinâmicas de resistência e produção, que devem ser pensadas de forma indissociável.

Walled Gardens vs. Creative Commons - artistas nacionais em meio a contradições estrangeiras

A acalorada discussão a respeito dos direitos autorais e do Creative Commons que, em boa hora, mesmo sem querer, algumas decisões da ministra da Cultura, Ana de Holanda, suscitaram, pode servir para iluminar problemas emergentes ainda pouco compreendidos, que estão na base desse debate. Por uns, a polêmica é descrita como se um grupo de pessoas cujos interesses não estariam muito claros mas, dizem, ligar-se-iam a organizações ou ONGs “estrangeiras”, estivesse motivado a destruir a música, quando não a própria cultura “nacional”.

Para que esse servidor serve realmente?

A tecnologia digital pode lhe trazer liberdade; mas também pode tirar sua liberdade. A primeira ameaça para o nosso controle sobre o uso do computador veio do software proprietário: o software que os usuários não podem controlar, porque o proprietário (uma empresa como a Apple ou Microsoft) o controla. Os proprietários do software geralmente aproveitam-se desse poder injusto, inserindo atributos maliciosos como spywares, back doors, e Gerenciamento de Restrições Digitais (DRM) (chamados de “Gerenciamento de Direitos Digitais” em sua propaganda)...

 

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