Editorial da 29ª edição

Nesta edição da POLITICS são apresentados temas atuais de absoluta importância para a democracia com a densidade que eles merecem ser tratados.
O artigo de Renata Ávila, advogada internacional de direitos humanos e diretora executiva da Fundação Cidadão Inteligente, no Chile, discute as estratégias de marketing político digital adotadas nos últimos anos em campanhas de presidentes eleitos como a de Donald Trump e de Jair Bolsonaro, e sugere o que precisa ser feito nessa conjuntura para evitar que a democracia seja ameaçada.

Apesar de crescente, o acesso à internet segue sendo um desafio em países de baixa e média renda, onde muitas vezes o preço cobrado por ele é inacessível a boa parte da população. É isso que nos mostram Woodhouse e Thakur, pesquisadores da Alliance for Affordable Internet (A4AI), em texto especial para a POLITICS, por meio de pesquisa realizada com base nos preços dos serviços da banda larga móvel em 99 países, com especial atenção para a América Latina e o Caribe.

Marina Pita, jornalista, pesquisadora de mídias digitais e direitos das crianças do programa Prioridade Absoluta e assessora para advocacy do Instituto Alana, apresenta os desafios impostos pelos brinquedos inteligentes para a proteção de crianças e adolescentes. Tendências no mercado mundial, os brinquedos conectados representam ao mesmo tempo oportunidades de inovação criativa para o desenvolvimento das crianças e grandes riscos para sua privacidade e segurança.

Por fim, a presente edição da POLITICS traz dois textos sobre a controvérsia envolvendo a delegação do domínio de topo .amazon, pela Corporação da Internet para Atribuição de Nomes e Números (ICANN), para a empresa de comércio eletrônico Amazon.

Farzaneh Badii, diretora executiva do Internet Governance Project (IGP) e pesquisadora associada da Escola de Política Pública do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos Estados Unidos, defende a delegação do domínio e a não interferência de governos nas decisões da ICANN, remetendo a uma campanha liderada pelo Grupo de Interesse de Usuários Não Comerciais (NCUC) da entidade, iniciada há 12 anos (“Keep the Core Neutral”), motivada originalmente pelas resistências à aprovação do domínio .xxx.

Já Diego Canabarro, consultor do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) até maio de 2019, em texto especial para a POLITICS, relata o processo em detalhes e discute as possíveis consequências e riscos da delegação do domínio para a empresa – tanto para a ICANN como para a prática pluralista na governança da Internet.

Boa leitura!

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